Dia do Índio livrinho Zine 2

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Monte com seus alunos este lindo livrinho zine sobre o Dia do Índio.

A população indígena

Os indígenas chegaram nesta terra onde hoje é o Brasil há muito tempo. Alguns estudos afirmam que eles já habitavam a América do Sul há cerca de 11 mil anos.

Já os europeus chegaram ao Brasil no ano de 1500. Conta a História que, no nosso país, os portugueses encontraram esses habitantes que aqui moravam e os chamaram de índios. É provável que tenham dado esse nome porque acreditavam ter chegado à Índia. Quando descobriram se tratar de uma nova terra, o nome já tinha pegado!

Estudiosos acreditam que, na época do descobrimento do País, o número de indígenas que viviam por aqui era de cerca de 5 milhões – divididos em milhares de aldeias. Segundo o Censo IBGE 2010, há mais de 240 povos indígenas no Brasil, que somam 896.917 pessoas. Eles vivem em todas as regiões brasileiras e falam 274 línguas distintas, além do português (na maioria dos casos), o que revela uma imensa diversidade.

Cultura
Com tantas etnias diferentes, não dá para falar de cultura indígena como se fosse uma coisa só. Afinal, cada uma delas tem formas particulares de organização, linguagem, lida com a terra, cerimônias, costumes, crenças etc. .

Nas comunidades indígenas, normalmente há duas figuras muito importantes: o pajé e o cacique. O cacique é o líder do povo, e o pajé é o sábio, o qual conhece a cura para as doenças e se comunica com os deuses. Mas, de novo, é bom lembrar que cada sociedade indígena tem suas próprias regras e explicações a respeito do mundo, dos fenômenos naturais, dos espíritos e dos seres sobrenaturais.

Outro ponto que une os povos indígenas é sua forte ligação com a terra. É dela que tiram boa parte de sua alimentação. Ela nutre também a espiritualidade de muitos povos, que mantém uma relação sagrada com a água, as árvores, os animais e os espíritos que vivem naquele território. Por isso, a Constituição brasileira garante que as terras indígenas devem ser demarcadas (determinadas) pelo governo e respeitadas por todos.

A infância indígena
Curumim é a palavra em tupi-guarani que significa criança. Assim como em qualquer sociedade, as crianças indígenas adoram brincar, correr, nadar e ouvir histórias. E como qualquer criança, elas têm direitos que precisam ser garantidos, como o acesso à saúde, educação e proteção.

Os brinquedos indígenas tradicionais geralmente são feitos de madeira, barro ou palha. Você pode nem saber, mas com certeza já se divertiu muito com alguns deles, como a peteca, a perna de pau e o arco e flecha! Muitos de seus brinquedos e brincadeiras reproduzem o universo dos adultos, já que brincar também é uma forma de aprender.

As crianças Guarani que vivem no Espírito Santo e em São Paulo, por exemplo, adoram uma brincadeira conhecida como “arranca mandioca”, porque lembra a maneira como a raiz é colhida. Que tal experimentar esse jogo com seus colegas? Vocês só vão precisar de uma árvore por perto. Todos (menos um) vão se sentar em fila, segurando firme o colega da frente. O primeiro se segura na árvore. O que ficou em pé será o “dono da roça” e terá que usar toda a sua força para tirar todas as “crianças-mandioca” da fila, uma a uma.

Os Kalapalo, que vivem no Parque Indígena do Xingu (MT), também têm uma série de brincadeiras super divertidas. Uma delas é a heiné kuputisü, ou corrida do saci. Uma linha é traçada na terra para definir o local de largada e o ponto de chegada. A meta é conseguir chegar ao final sem se desequilibrar. Esse jogo costuma reunir crianças e adultos no centro da aldeia, garantindo boas risadas para todos.

Mas é importante a gente lembrar que muitos indígenas vivem nos centros urbanos (cerca de 36% desta população). E que todos – morando em aldeias ou cidades – fazem parte da nossa sociedade como qualquer cidadão, onde lutam por manter suas tradições e direitos. Então é natural que as crianças indígenas adorem brincar também com brinquedos e jogos não tradicionais. E por que seria diferente, né?

Várias sociedades indígenas dividem as tarefas por sexo, e as crianças aprendem a lidar com essa regra desde cedo, seja em brincadeiras ou pequenas tarefas. Entre os Wayana e Apalaí (que vivem no Pará), a partir dos 4 anos as meninas costumam ganhar do pai um pequeno cesto trançado especialmente para elas. Cabe às meninas e mulheres Wayana o uso cestos para a realização de tarefas domésticas. E cabe exclusivamente aos meninos e homens a sua confecção. A eles também cabe a caça e a pesca. E elas são responsáveis pelo preparo dos alimentos, como o beiju.

Os pais e mães protegem e acompanham seus filhos – e cabe à toda a comunidade a tarefa de ensinar as crianças a crescer com responsabilidade e respeito às regras coletivas.

Educação indígena
Além de aprender isso tudo, os curumins também precisam ir à escola, como qualquer criança. Muitos deles estudam em escolas indígenas, que devem acrescentar aos currículos questões específicas sobre a cultura daquele povo, além dos conteúdos das escolas não indígenas. Segundo o Censo Escolar de 2015, existem 3.085 escolas indígenas no Brasil, com um total de 285 mil estudantes. Há também mais de mil jovens indígenas que frequentam diversas universidades e faculdades brasileiras.

Heranças indígenas
Você sabia que vários dos nossos hábitos são herdados da cultura indígena? Um dos costumes mais importantes é o de tomar banho todos os dias. Em outras culturas, como na dos países europeus, é comum as pessoas passarem dias sem tomar banho. Que bom que os indígenas nos ensinaram isso, né?

Também aprendemos com eles o uso de chás e plantas medicinais para curar doenças. E como os indígenas têm muito conhecimento sobre ervas e plantas, muitos dos remédios que compramos hoje nas farmácias tiveram suas fórmulas baseadas em suas medicinas.

É influência deles também a utilização de redes para dormir, várias danças e, ainda, várias canções e lendas do folclore brasileiro. Vale pesquisar e se surpreender com toda a riqueza dessa cultura, que é de todos nós.

Fonte:

plenarinho.leg.br/index.php/2018/02/dia-do-indio/

Veja abaixo o vídeo sobre como realizar a montagem do livrinho zine:

 

dia do índio livrinho zine
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Veja mais em:

borboletakids.com.br/brincadeiras-indigenas

borboletakids.com.br/dia-do-indio

 

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Dia do Índio livrinho Zine 2

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